E quanto mais fujo,
Mais inevitável parece
Deve estar marcado, não sei
Devo estar atrasado...
Esse vento que seca minhas lágrimas
É o mesmo dissipa o efeito do whisky
E tudo parece tão óbvio agora
É só se deixar cair...
Mas é tão alto daqui de cima
Vai doer? Vai ser rápido?
Eu conseguiria apagar antes de chegar?
Porque tão covarde agora?
Seria a dor do impacto maior
Que a dor das batidas do meu coração?
Duvido. Nada pode doer mais
Mais um gole, dois.
Grama molhada nos pés
E um conforto que só o fim dá
A total falta de roupas me dá frio
Mas eu sabia que não era por isso
Mais goles, muitos
O vento canta e empurra
Tentando encorajar-me
Mas eu não preciso mais de coragem
Suspiro agora,
encho o peito e solto devagar
E uma linha molhada na bochecha
anuncia o momento.
Mais um trago,
mais um gole.
E, de braços abertos,
eu me jogo de encontro à paz
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